segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Kult - Livros

 

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Kult Divinity Lost, assim como suas edições anteriores, se trata de um RPG +18 devido seus temas pesados e desvirtuamento de valores. O jogo se trata de uma FICÇÃO e deve ser tratado como tal. Se você é uma pessoa sensível ou sujeita a se sentir influenciada por algum tipo de fala ou tema. Recomendamos que não continue a leitura desta resenha e não leia o livro.

O cenário de terror e horror de RPG no Brasil tem tido uma atenção bem especial. Apesar de ainda serem RPGs de nicho, as editoras têm se esforçado para trazer muitos cenários conhecidos. Chamado de Cthulhu e Vampiro A Máscara são os principais que tentam manter a imagem do horror moldada no desconhecido e no dramático, respectivamente.

Dentro deste tema, a Buró, empresa que comprou a RedBox, anunciou a compra da licença de Kult Divinity Lost, mas devido a agendas comerciais particulares, como o financiamento coletivo de Cultos Inomináveis (outro RPG de terror) e infelizmente pela pandemia do covid-19, os planos de lançamento deste RPG e de outros foram suspendidos indefinidamente. Apesar disso, tive a oportunidade de ter acesso ao livro e já tinha um conhecimento prévio do cenário que, diga-se de passagem, é bem polêmico.

Kult Divinity Lost, semelhante as suas versões anteriores, é um RPG para adultos de horror e terror psicológico com elementos de fantasia moderna, extremamente pesado por sua narrativa. De modo geral, Kult pega a estética descrita por Clive Baker e mistura com elementos da Matrix (devemos ressaltar que a primeira edição de Kult foi lançada em 1991!). Tanto que o mote de todas as edições é “A realidade é uma mentira”, somente mudando recentemente para Divinity Lost (Divindade Perdida) na edição mais recente, mas não alterando seu conceito principal.

A história contada em Kult expõe um mundo onde o Demiurgo, com inveja das outras divindades e desejando ser a única entidade com poder supremo, criou um maquinário de ilusão, selando todas as divindades em cascas de carne chamadas de “humanos”. Para as divindades se manterem presas as suas cascas sem lembranças do que são, foi condicionado a eles princípios morais e éticos que limitavam todas as suas capacidades. Tudo isso é coberto no véu, que divide a humanidade de vários mundos e localidades do universo de Kult. Porém, o Demiurgo inexplicavelmente desaparece, e o maquinário está falhando, o que leva o véu a se rasgar eventualmente, fazendo com que seres de outros mundos surjam e o acesso a esses mundos seja facilitado, ou que entidades interfiram com mais facilidade sobre a vida dos indivíduos, ou mesmo que o personagem perceba que aquele chefe exigente na verdade é um Lictor que quer saber o que ele tem feito

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